Uma Igreja pobre e para os pobres

Por Ir. Renan Alves Dantas*

“Como eu gostaria de uma Igreja pobre, para os pobres”,1 afirmou o Papa Francisco poucos dias depois de sua eleição a centenas de jornalistas de todo o mundo recebidos em audiência no Vaticano. As palavras do Papa Francisco revivem a mensagem radiofônica relativamente recente de São João XXIII na qual, cerca de um mês antes da abertura do Concílio Vaticano II, afirmou: “a Igreja se apresenta e quer realmente ser a Igreja de todos, em particular, a Igreja dos pobres”.2

No dia 11 de setembro de 1962, um mês antes da abertura do Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII enviou uma mensagem ao mundo. Nela, o Papa falou de Jesus como “Luz” e da missão da Igreja de irradiar essa luz no mundo; falou dos graves problemas do mundo hodierno e da preocupação e responsabilidade da Igreja com esses problemas e falou ainda da contribuição que o concílio poderia oferecer para a solução deles, contribuição fundada na dignidade do ser humano e em sua vocação cristã. João XXIII acrescentou o que considerava “outro ponto luminoso”: “pensando nos países subdesenvolvidos, a Igreja se apresenta e quer realmente ser a Igreja de todos, em particular, a Igreja dos pobres”.3 A afirmação do Papa São João XXIII teve muita repercussão em um grupo de bispos que ficou conhecido como os Bispos da “Igreja dos pobres” e que no final do Concílio assumiu um compromisso com a pobreza e o serviço aos pobres, quando publicaram o chamado “Pacto das Catacumbas”.4 Entre eles estavam dois cearenses: um de nascimento (Dom Helder Câmara) e um de missão (Dom Fragoso). Esses bispos trabalharam muito para que os pobres recuperassem na Igreja o lugar central que tinham na vida e missão de Jesus: “É nosso dever colocar no centro deste concílio o mistério de Cristo nos pobres e a evangelização dos pobres”. 5

Três anos depois, na Conferência do Episcopado Latino-Americano, em Medellín (1968), a semente germinou e começou a crescer e produzir muitos frutos. Nascia uma Igreja profética, pobre e comprometida com os pobres; Igreja de todos, mas, sobretudo, Igreja dos pobres; Igreja da libertação. Sua característica mais importante foi e continua sendo o que se acertou chamar opção preferencial pelos pobres.6

Comprometemo-nos a trabalhar para que a nossa Igreja Latino-americana e Caribenha continue sendo, com maior afinco, companheira de caminho de nossos irmãos mais pobres, inclusive até o martírio. Hoje queremos ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres feita nas Conferências anteriores. Que sendo preferencial implique que deva atravessar todas nossas estruturas e prioridades pastorais. A Igreja Latino-americana é chamada a ser sacramento de amor, de solidariedade e de justiça entre nossos povos. (DAp, n. 398).

Reafirmação da opção preferencial pelos pobres

“Não sei quem é mais carente: se o pobre que pede pão ou o rico que pede amor.” (São Vicente de Paulo)

O vínculo entre Deus e o pobre perpassa toda a Bíblia. Bartolomeu de las Casas7 o manifesta num pensamento admirável e significativo, que se tornou para ele um modelo de conduta para a solidariedade e defesa dos habitantes indígenas das terras recém encontradas. Vale a pena citar o que diz deles, falando de uma assembleia eclesial continental: “Do menor e esquecido, Deus conserva a memória mais viva e recente”, e esta memória permanece presente em Aparecida e nela se baseia a opção preferencial pelos pobres, expressão hodierna de um elemento decisivo da mensagem cristã de sempre.8

Assumimos “com renovada força…” (ibid.). Os textos de Aparecida multiplicam esses enunciados: com eles se manifesta claramente a vontade de ser colocar em continuidade, reforçada e criativa, com a opção preferencial pelos pobres, perspectiva adotada pela Igreja latino-americana e caribenha nas últimas décadas. Essa opção, como diz um texto já mencionado, desenha o perfil da “fisionomia da Igreja” (DAp, n 391) no continente. É uma convicção que Aparecida coloca como ponto sem volta para a Igreja que vive nesse continente nos dias de hoje.

Fundamentos cristológico

“Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico se fez pobre por vós, para vos enriquecer com sua pobreza”.9

O Apostolo Paulo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a ser generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. Aos cristãos do mundo hodierno, o que dizem essas palavras do Apostolo? Que diz, hoje, anos depois, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentindo evangélico?

Tais palavras podem refletir, antes de tudo, qual é o estilo de Deus. Deus não se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: “sendo rico, se fez pobre”.10 Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-se de cada um de nós; despojou-se, “esvaziou-se”, para se tornar em tudo semelhante a nós.11 A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas a razão de tudo isso é o amor divino: é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-se e sacrificar-se, pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualmente, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus “trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós semelhante a nós em tudo, exceto no pecado”12. A finalidade de Jesus se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – “para vos enriquecer com a sua pobreza”. Não se trata de um jogo de palavras, de uma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da encarnação e da cruz.

O Papa emérito Bento XVI13, enquadra a referida opção lembrando que a fé nos faz sair do individualismo e cria uma comunhão com Deus e, por conseguinte, entre nós:

A fé liberta do isolamento do eu, porque nos leva à comunhão: o encontro com Deus é, em si mesmo e como tal, encontro com o irmão, um ato de convocação, de unificação, de responsabilidade para com o outro e para com os demais. 14

A opção pelos pobres é uma caminhada para a comunhão e encontra nela o seu significado mais profundo e exigente. O texto supracitado continua, imediatamente em seguida, como se segue: “Nesse sentindo, a opção preferencial pelos pobres está, implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com sua pobreza”15. Alguns números do Documento de Aparecida retoma a ideia da opção pelos pobres como implícita na fé cristológica e como nascida dela: “De nossa fé em Cristo nasce também a solidariedade como atitude permanente de encontro, irmandade e serviço”16 Esses diferentes textos sublinham a relação entre Cristo e a opção pelos pobres. Tal ligação é recordada também na reflexão teológica que acompanhou as três conferências latino-americanas precedentes. Nelas aparecem claramente o fundamento cristológico da opção pelos pobres.17 Além disso, todas fazem referência ao mesmo texto de 2Cor 8,9, ao qual aludem tanto Bento XVI quanto Aparecida. Sem dúvida, porém, a formulação que encontramos nesses textos conferem precisão, atualidade e grande vigor a uma perspectiva que pôs um selo permanente sobre a vida da Igreja no continente e também além-fronteiras. Desse modo, a opção pelos pobres se estrutura como pilar no Documento de Aparecida, e é verdadeiramente exata, porque se trata de um pilar de vida e de reflexão para os discípulos de Jesus.

Então os fundamentos teológicos da “opção pelos pobres” são claros: “deriva da nossa fé em Jesus Cristo” (EG 186), e “deriva da própria obra libertadora da graça em cada um de nós” (EG 188). Não é uma questão meramente opcional. É algo constitutivo da fé cristã (cf. EG 48). Por isso, já em Puebla, a “opção pelos pobres” é afirmada como “opção preferencial e solidária” (1134) e “não exclusiva” (1165), num tom claramente corretivo como se pode comprovar no próprio texto (cf. 1134). Santo Domingo segue o mesmo caminho, falando de uma “opção evangélica e preferencial, não exclusiva nem excludente” (178). E Aparecida, mesmo sem o tom corretivo de Puebla e Santo Domingo, não deixa de reafirmar ou advertir que se trata de uma opção “não exclusiva, nem excludente” (392).

Uma Igreja pobre para os pobres

“Só quem convive diariamente com eles (os pobres) pode avaliar o quanto sofrem, o quanto necessitam da Palavra de Deus, de uma mão amiga que se estenda em direção às deles”. (Beata Dulce dos Pobres)

Os cristãos precisamos estar atentos para ouvir o clamor dos pobres, e assim estimula o Papa Francisco na (EG, n 187):

“Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isso supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor dos pobres e socorrê-los”.

“Uma Igreja pobre e para os pobres”, para tanto os cristãos e as comunidades cristãs “são chamados, em todo lugar e circunstância, a ouvir o clamor dos pobres”18 e a “ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres”19. E aqui não existe receita. Depende das circunstâncias e das possibilidades de ação. Exige muita lucidez, criatividade e ousadia, e assim o Papa nos exorta na (EG, n 184):

Aqui não é o momento para explanar todas as graves questões sociais que afetam o mundo atual, algumas das quais já comentei… Este não é um documento social e, para nos ajudar a refletir sobre estes vários temas, temos um instrumento muito apropriado no Compêndio da Doutrina Social da Igreja, cujo uso e estudo vivamente recomendo. Além disso, nem o Papa nem a Igreja possuem o monopólio da interpretação da realidade social ou da apresentação de soluções para os problemas contemporâneos. Posso repetir aqui o que indicava, com grande lucidez, Paulo VI: Perante situações, assim tão diversificadas, torna- se difícil tanto o pronunciar uma palavra única, como o propor uma solução que tenha um valor universal. Mas isso não é ambição nossa, nem mesmo a nossa missão. É às comunidades cristãs que cabe analisarem, com objetividade, a situação própria do seu país.

Mesmo assim, Francisco faz algumas advertências e apresenta algumas diretrizes para dinamizar pastoralmente a opção pelos pobres na vida da Igreja. Antes de tudo, a intuição e a novidade maior que vem de Medellín e que foi se impondo, teórica e pastoralmente, na Igreja da América Latina e que é, sem dúvida, a contribuição maior de nossa Igreja para conjunto da Igreja: A opção pelos pobres “envolve tanto a cooperação para resolver as causas estruturais da pobreza e promover o desenvolvimento total dos pobres, como os gestos mais simples e diários de solidariedade para com as misérias muito concretas que encontramos”20; passa não só pelos sinais pessoais e comunitários de solidariedade, mas também por meio da ação pela transformação das estruturas da sociedade. Mas, além dessa intuição e orientação mais essencial, e como seu desenvolvimento, Francisco indica, a partir de sua própria experiência pastoral21, alguns aspectos ou exigências da opção pelos pobres que bem podem ser entendidos como uma pedagogia ou um itinerário no compromisso com os pobres e que, no fundo, revelam sua compreensão e seu modo de viver a opção pelos pobres.

Em primeiro lugar, a proximidade física dos pobres e o esforço por socorrê-los em suas necessidades imediatas. É preciso escutar o “clamor do pobre” e estar disposto a “socorrê-lo” (EG 187). Tudo começa com a atenção prestada ao pobre. Esta atenção amiga é o início de uma verdadeira preocupação pela sua pessoa e, a partir dela, desejar procurar efetivamente o seu bem. A autêntica opção pelos pobres se caracteriza por um amor autêntico e desinteressado aos pobres, o que impede tanto sua redução a um ativismo assistencialista, quanto sua utilização ideológica ao serviço de interesses individuais ou políticos. É no contexto mais amplo da atenção e do amor aos pobres que as ações e os programas de promoção e assistência devem ser desenvolvidos e é unicamente a partir desta proximidade real e afável que podemos acompanhá-los adequadamente no seu caminho de libertação. Essa é a maior e mais eficaz apresentação de “Uma Igreja pobre e para os pobres”. Boa nova do Reino é isso: possibilitar aos pobres se sentirem “em casa” na comunidade eclesial (EG 199).

Em segundo lugar, o cuidado espiritual com os pobres. “A imensa maioria dos pobres possui uma especial abertura à fé; tem necessidade de Deus e não podemos deixar de lhes oferecer a sua amizade, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos sacramentos, a proposta de um caminho de crescimento e amadurecimento na fé”.22 Daí porque “a opção preferencial pelos pobres deve traduzir-se, principalmente, numa solicitude religiosa privilegiada e prioritária”. O Papa Francisco chega a afirmar que “a pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual”23. Mas isso não significa que os pobres sejam meros objetos de assistência religiosa. Eles têm um “potencial evangelizador”24.

E é necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles. A nova evangelização é um convite a reconhecer a força salvífica das suas vidas, e a colocá-los no centro do caminho da Igreja. Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles (EG 198).

Não parece que o “cuidado espiritual” dos pobres possa se dar da mesma forma em ambientes culturais e religiosos tão distintos como América Latina, Ásia e Europa.

Em terceiro lugar, a vivência e o fortalecimento de uma cultura da solidariedade.

Isso “significa muito mais do que alguns atos esporádicos de generosidade; supõe a criação de uma nova mentalidade que pense em termos de comunidade, de prioridade da vida de todos sobre a apropriação dos bens por parte de alguns” (EG 188) e que enfrente e supere a “cultura do descartável” (EG 53), o “ideal egoísta” e a “globalização da indiferença” que se desenvolveram e se impuseram em nosso mundo, tornando-nos “incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios” e desresponsabilizando nos diante de suas necessidades e de seus sofrimentos (EG 54 e 67).

A solidariedade é uma reação espontânea de quem Francisco fala, aqui, sem dúvida, a partir do contexto argentino e latino-americano, profundamente marcado pela tradição “cristã-católica”.

Haveria que se perguntar se isso vale e em que medida para outros contextos não tão fortemente marcados pelo cristianismo como a Ásia ou profundamente secularizados como a Europa. Em todo caso, e mesmo considerando que “esta Exortação se dirige aos membros da Igreja Católica” (EG 200).

Segundo AQUINO JÚNIOR, F., reconhecer a função social da propriedade e o destino universal dos bens” tem a ver com convicções e práticas. E é fundamental, inclusive, para a realização e a viabilidade de “outras transformações estruturais” na sociedade, pois “uma mudança nas estruturas, sem gerar novas convicções e atitudes, fará com que essas mesmas estruturas, mais cedo ou mais tarde, se tornem pesadas e ineficazes”25.

E em quarto lugar, o enfrentamento das causas estruturais da pobreza e da injustiça no mundo. “Embora a justa ordem da sociedade e do Estado seja dever central da política’, a Igreja ‘não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça”26. E essa é uma tarefa urgente em nosso mundo: a necessidade de resolver as causas estruturais da pobreza não pode esperar […]. Os planos de assistência, que acorrem a determinadas emergências, deveriam considerar-se como respostas temporárias. Enquanto não forem solucionados os problemas dos pobres, renunciando à autonomia absoluta dos mercados e da especulação financeira e atacando as causas estruturais da desigualdade social, não se resolverão os problemas do mundo (problema atual covid19) e, em definitivo, problema algum. A desigualdade é a raiz dos males sociais (EG 202). E preciso ser enfrentada com responsabilidade e radicalidade. Temos que dizer não a uma “economia da exclusão” (EG 53s), à “nova idolatria do dinheiro” (EG 55s), a “um dinheiro que governa em vez de servir” (EG 57s), à “desigualdade social que gera violência” (EG 59s). “Não podemos mais confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado” (EG 204). E temos que lutar por uma nova “política econômica” (cf. EG 203) que garanta condições de vida decente para todos (cf. EG 192). Sem isso não é possível nenhum “consenso” social autêntico nem haverá paz no mundo (cf. EG 218). É importante enfatizar que a opção pelos pobres não é “uma missão reservada apenas a alguns” (EG188). É tarefa de todos. “Ninguém deveria dizer que se mantém longe dos pobres, porque as suas opções de vida implicam prestar mais atenção a outras incumbências”; “ninguém pode sentir-se exonerado da preocupação pelos pobres e pela justiça social” (EG 201). Uma comunidade que não se compromete criativamente com a causa dos pobres, “facilmente acabará submersa pelo mundanismo espiritual, dissimulado em práticas religiosas, reuniões infecundas ou discursos vazios” (EG 207).

Papa Francisco no Dia Mundial dos Pobres 2020: vamos estender a mão e ver Jesus nos pobres. peçamos a graça de ver Jesus nos pobres”, “a graça de sermos cristãos não em palavras, mas em obras”.

“Somos portadores de uma grande riqueza que não depende da quantidade de coisas que temos, mas daquilo que somos: a vida recebida, o bem que há em nós, a beleza intangível com que Deus nos dotou. Feitos à imagem d’Ele, cada um de nós é precioso a seus olhos, é único e insubstituível na história!”

* M.c. Campos dos Goytacazes – RJ

1 (MÜLLER, 2014, p. 05)
2 (JÚNIOR, 2013, p. 113).
3 (PASSOS, 2013, p. 218).
4 “O documento é um desafio aos “irmãos no Episcopado” a levar adiante uma “vida de pobreza”, uma Igreja “serva e pobre”, como sugerira o Papa João XXIII. Os signatários – entre eles muitos brasileiros e latino-americanos, embora muitos outros aderiram ao pacto mais tarde – se comprometiam a viver em pobreza, a renunciar a todos os símbolos ou privilégios do poder e a pôr os pobres no centro do seu ministério pastoral. O texto teve uma forte influência sobre a Teologia da Libertação, que surgiria nos anos seguintes. Um dos signatários e propositores do pacto foi Dom Helder Câmara” (UNISINOS, 2012, p. 01).
5 (PASSOS, 2013, p. 219).
6 Segundo o Presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e Presidente da Comissão Teológica Internacional Cardeal Gerhard Ludwig Müller, a frase “opção preferencial pelos pobres” aparece 11 vezes no documento de Aparecida, e na forma mais breve, ou seja, “opção pelos pobres” aparece 4 vezes. Dessas 15 menções, 8 se encontram no capítulo 8, que trata diretamente do tema. Além disso, a elas é preciso acrescentar numerosos textos que indicam o mesmo conceito com expressões análogas. Cf. (MÜLLER, 2014, p. 108).
7 Bartolomeu de las Casas foi um frade dominicano espanhol, cronista, teólogo, bispo de Chiapas e grande defensor dos índios. É considerado o primeiro sacerdote ordenado na América. (FARIA, 6, p. 01)
8 (DAp, n 399).
9 (2Cor 8,9).
10 (ibid.).
11 (2Cor 3,18)
12 Concílio Ecumênico Vaticano II, constituição pastoral Gaudium et spes, n. 22.
13 Incontestavelmente, uma das afirmações mais importantes do discurso inaugural de Bento XVI, que teve grande influência no texto final, diz respeito ao fundamento teológico da opção pelos pobres. O fato de enfrentar esse tema, e de fazê-lo em termos extremamente claros, diante da Conferencia no qual nasce a formulação dessa solidariedade com os pobres, foi particularmente significativo.
14 (ZENIT, 2007, p. 01)
15 (2Cor 8.9). (Discurso, n 3, DAp, p. 273).
16 (DAp, n 394)
17 Conferencia de Medellín. Pobrez, n. 4c e 7, Puebla, n. 1.145 e 1.147 e Santo Domingo, n 178 E 164
18 (EG 191)
19 (EG 187)
20 (EG 188)
21 Segundo o bispo auxiliar de Buenos Aires, a maior qualidade do Papa Francisco é a humildade. Em todos os anos de arcebispado aquela Arquidiocese, Bergoglio nunca celebrou a missa vespertina da Quinta feira Santa na Catedral. Sempre foi lavar os pés, abençoar, confessar nos hospitais, prisões, asilos e hospícios. “O papa é um homem e não um faraó”, conclui dom Eduardo Horácio García, “um homem de Deus, um homem simples que conhece a realidade da vida, que viveu e compartilhou a humanidade das pessoas. (O novo rosto da Igreja (Papa Francisco), 2013, p. 66).
22 (EG 199).
23 (EG 200).
24 (Documento de Puebla, n 1147).
25 (EG 189).
26 (ibid.).

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