Documentário celebra 25 anos de Missão em Moçambique

O material, produzido in loco na comunidade missionária de Moma, comemora a história do projeto Igrejas Solidárias entre o Rio Grande do Sul e a Arquidiocese de Nampula.

São mais de 60 missionários e missionárias enviados desde 1994. Sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas que, somados ao povo moçambicano, permitem celebrar hoje os 25 anos de presença missionária no local.

O projeto é uma iniciativa da Igreja Católica do Rio Grande do Sul para apoiar a Arquidiocese de Nampula, no norte do país africano. Com sede no Distrito de Moma, zona litorânea do norte de Moçambique, a equipe que hoje integra dois padres e duas leigas, tem como principal preocupação a vivência de uma missão encarnada na realidade do povo.

O documentário Rio Grande do Sul – 25 anos de Missão em Moçambique foi lançado nesta quinta-feira, 12 de março em reunião do Conselho Missionário do Regional Sul 3. Pe. Rodrigo Schüler é coordenador do COMIRE e esteve em Moçambique como missionário de 2011 a 2013. Ele explica que o material traz uma proposta de celebração, onde os testemunhos e a realidade da missão apresentam a presença dos que partiram e contribuíram para que a cooperação missionária pudesse acontecer.

Pe. Rodrigo reforça ainda que a missão é um compromisso do Rio Grande do Sul e, por isso, destaca que “todas as comunidades gaúchas são vocacionantes, no sentido de que se fazem lugar concreto de onde saem os missionários e missionárias, pela fé e testemunho de uma Igreja que oferece mesmo diante suas fraquezas e desafios locais, e cumpre o compromisso com a missão além fronteiras”. Apontando para o futuro, ele salienta que o documentário, ao mesmo tempo em que celebra estes 25 anos, se compromete a continuar enviando outros para continuar essa história.

Cada missionário ou missionária gaúcho é convidado a estar em torno de três anos em Moçambique, vivendo com o povo local a partir da sua cultura e dos seus costumes. Neste sentido, Dom Adilson Busin, bispo referencial para a Animação e Cooperação Missionária no Regional Sul 3, ressalta que o documentário “revela não só o nosso ir e dar, mas também a nossa disposição em receber daquelas duas paróquias a riqueza deste povo simples, comunitário, celebrativo e alegre”.

A manutenção e o comprometimento com o projeto Igrejas Solidárias do Rio Grande do Sul estão também em sintonia com o Plano Missionário Nacional, que prevê que cada regional tenha um projeto de Igreja Irmã ad gentes e que cada diocese também tenha sua Igreja Irmã no Brasil

Garantindo que “o Regional Sul 3 se enriqueceu muito nestes 25 anos”, dom Adilson reforça que a equipe missionária em Moçambique também assume o compromisso de ajudar no aspecto vocacional, buscando formar lideranças e vocações consagradas para proporcionar a autonomia da Igreja Local.

Manutenção
Atualmente a sustentabilidade do projeto é de responsabilidade de fieis de todo o Rio Grande do Sul. Na celebração de Pentecostes – que este ano será nos dias 30 e 31 de maio – as comunidades de todo o Estado realizam a coleta que mantém esta e outras ações missionárias da Igreja do Rio Grande do Sul.

Neste sentido, padre Rodrigo acrescenta que o documentário foi lançado agora com o intuito de ser resultado da vivência dos 25 anos de projeto que durante 2019 celebramos nas dioceses de nosso regional, “coroando a celebração e promovendo uma maior participação na iniciativa da Coleta de Pentecostes”.

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