Comise: Mais informações

Objetivo

O COMISE existe para fomentar, nos futuros presbíteros e candidatos à Vida Religiosa Consagrada, a consciência da missão como identidade do cristão e favorecer-lhes uma sólida espiritualidade e formação missionária que os tornem capazes de enfrentar os desafios da ação evangelizadora da Igreja: na pastoral, na nova evangelização e na missão ad gentes (aos povos).

Justificativa

A existência, articulação e atuação do COMISE se fundamentam nas orientações e recomendações presentes em diversos documentos da Igreja Universal e nos da CNBB.

a) “A conversão pastoral […] deve estimular e inspirar atitudes e iniciativas de auto avaliação das estruturas eclesiais, dentre as quais, as formativas, pois «falta espírito missionário em membros do clero, inclusive em sua formação»” (Documento de Aparecida, 100e).

b) “Com o maior cuidado deve se formar os alunos na virtude própria do estado clerical e no espírito de apostolado e zelo pelas almas, de modo que estejam prontos a dar a vida” (Pio XI, Rerum Ecclesiae, 89).

c) “Sejam imbuídos (os alunos) daquele espírito verdadeiramente católico com o qual se habituem a transcender os limites de sua própria diocese, nação ou rito e a ajudar as necessidades de toda a Igreja, com o espírito preparado a pregar o Evangelho por toda a parte” (Concílio Vaticano II, Optatam Totius, 20).

d) “O dom espiritual, recebido pelos presbíteros na ordenação, não os prepara para uma missão limitada e determinada, mas sim para a missão imensa e universal da salvação, «até aos confins da terra» (At 1,8); de fato, todo o ministério sacerdotal participa da amplitude universal da missão confiada por Cristo aos Apóstolos” (Paulo VI, Presbyterorum Ordinis, 10).

e) “Todos os sacerdotes devem ter um coração e uma mentalidade missionária, estar abertos às necessidades da Igreja e do mundo, atentos aos mais distantes e, sobretudo, aos grupos não-cristãos do próprio meio” (João Paulo II, Redemptoris Missio, 67).

f) “A educação dos futuros sacerdotes no espírito missionário deve ser tal, que o sacerdote se sinta e atue, lá onde se encontre, como um pároco do mundo, a serviço de toda a Igreja missionária. Ele é o animador nato e o primeiro responsável do despertar da consciência missionária dos fiéis […]. Para ter um coração e levar a termo tão ampla atividade pastoral, é necessária uma sólida formação missionária, que deverá ser dada, em primeiro lugar, nos seminários, durante os anos de preparação dos futuros sacerdotes. É importante que a Missiologia ocupe um espaço destacado no programa de estudos da Teologia. Os sacerdotes assim preparados poderão formar por sua vez as comunidades cristãs para seu autêntico empenho missionário” (João Paulo II, Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 1990).

g) “A formação se caracteriza naturalmente como missionária, uma vez que tem como meta a participação na única missão confiada por Cristo à Sua Igreja, isto é, a evangelização, em todas as suas formas. A ideia de fundo é que os Seminários possam formar discípulos missionários «enamorados» do Mestre, pastores «com o cheiro das ovelhas» que vivam no meio delas para servi-las e conduzi-las à misericórdia de Deus” (Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, 3).

h) “A missão faz parte da identidade da Igreja e, por isso, é o eixo integrador da vida do presbítero, levando-o à consciência de ser presbítero em uma Igreja em estado permanente de missão”; “Para a formação de presbíteros que sejam discípulos e missionários de Jesus Cristo, tem-se revelado muito rica e fecunda a experiência de estágios pastorais em regiões missionárias. A missionariedade revela-se como fio condutor de todo o processo formativo” (Documento 110 da CNBB, Diretrizes para a formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, 381; 316).

i) “Assinalamos com alegria o surgimento dos Conselhos Missionários de Seminaristas (COMISE) em muitas casas de formação presbiteral pelo Brasil afora; o objetivo desta articulação é garantir uma formação missionária aos candidatos ao ministério ordenado, através de iniciativas específicas de animação e engajamento, de modo que «não exista um só clérigo em que não arda este sagrado fogo de caridade pelo apostolado missionário»” (Estudos da CNBB 108, Missão e cooperação missionária, 34).

 

Objetivos específicos

Para efetivar o objetivo geral, o COMISE assume responsabilidade pela animação, formação, articulação, ação e cooperação missionária nos seminários e casas de formação presbiteral. Por isso, pretende:

a) Colaborar para que a intencionalidade pastoral missionária configure todo o processo formativo (cf. Diretrizes para a formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, 28);

b) Motivar e animar os futuros presbíteros e candidatos à Vida Religiosa Consagrada para assumirem a responsabilidade de serem agentes ativos no processo de conversão pastoral que deve levar a Igreja a ultrapassar uma pastoral de mera conservação para assumir uma pastoral decididamente missionária (cf. Documento de Aparecida, 370);

c) Fomentar a formação missionária dos seminaristas, proporcionando-lhes espaços para reflexão, vivências, troca de experiências para que a missão seja realmente eixo central da formação e os ajude a adquirir um autêntico espírito missionário;

d) Fazer com que os seminaristas percebam que a formação missionária prepara o futuro presbítero a servir à Igreja, em sua realidade local e em seu horizonte sem fronteiras, à Igreja em estado permanente de missão e em saída (cf. Diretrizes para a formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, 221; 381);

e) Despertar, nos seminaristas, o espírito de generosidade e disponibilidade para as necessidades mais urgentes, para alcançar todas as periferias geográficas e existenciais que precisam da luz do Evangelho e para servir onde for necessário, também na missão ad gentes;

f) Sensibilizar a comunidade formativa, com todos os seus agentes (seminaristas, formadores, reitores, colaboradores, bispos), sobre a necessidade da caminhada sinodal e de comunhão, visto que a missão é tarefa eclesial;

g) Orientar os seminaristas sobre a importância de organismos de animação e cooperação missionária, existentes na Igreja, sua articulação e atuação, especialmente das Pontifícias Obras Missionárias e de diversos Conselhos Missionários, particularmente do COMISE;

h) Propor e promover formas, atividades e gestos de cooperação missionária, sinal da maturidade da fé de uma vida cristã (cf. Redemptoris missio, 77);

i) Ajudar na articulação e realização de experiências missionárias, que devem acompanhar todos os passos, momentos e etapas do processo formativo (cf. Diretrizes para a formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, 236).

 

Atividades

Para alcançar seus objetivos, o COMISE poderá desenvolver as seguintes atividades:

a) Organizar encontros periódicos, para seus membros, para refletir e estudar temas de espiritualidade e formação missionária;

b) Promover, ao longo do ano, de acordo com a direção do seminário, para todos os seminaristas, encontro de formação missionária (FORMISE), simpósios, congressos, retiros e jornadas sobre a temática missionária;

c) Participar de cursos, formações (FORMISE), eventos e congressos missionários diocesanos, regionais e nacionais, bem como continentais (CAM);

d) Zelar pela oração – a alma da missão – pessoal e comunitária, como também propor e promover momentos orantes para todos os seminaristas, nas intenções missionárias e dos missionários;

e) Divulgar, junto aos seminaristas, publicações sobre a missão, tais como documentos, livros, informativos, revistas, portais, redes sociais, notícias;

f) Incentivar e organizar experiências missionárias para seminaristas dentro e fora da diocese;

g) Motivar os seminaristas a participar de experiências missionárias inter-regionais e nacionais, de experiências da missão ad gentes além-fronteiras, do projeto Igrejas-irmãs;

h) Insistir junto à direção do seminário ou da faculdade para que a missiologia tenha um lugar de destaque nos programas de estudos;

i) Manter contato com os missionários ad gentes além-fronteiras, especialmente com os da diocese, fortalecer a comunhão com eles (correspondência, oração, ajuda financeira) e convidá-los a partilhar suas experiências;

j) Realizar, no seminário e nas casas de formação, a Campanha Missionária do mês de outubro, com a novena e a coleta do Dia Mundial das Missões;

k) Incentivar e organizar a “Caixa Missionária” para a oferta pessoal e comunitária;

l) Cooperar com os organismos e instâncias missionárias na Diocese e no Regional (COMIRE, COMIDI, COMIPA, Grupos de Animação, CIMI e centros de formação);

m) Favorecer a criação e/ou a animação dos COMIPAS nas paróquias onde os seminaristas fazem pastoral;

n) Incentivar a implantação e/ou apoiar, onde já existem, os grupos de Infância e Adolescência Missionária (IAM), Juventude Missionária (JM), Famílias Missionárias (FM), Idosos e Enfermos Missionários (IEM) que são atividades da Pontifícia Obra da Propagação da Fé para animação e cooperação missionária.

 

Constituição e funcionamento

A criação do COMISE é fruto de um consenso entre os seminaristas que desejarem fazer parte desse Conselho e a equipe de formadores.

São membros do COMISE os seminaristas que desejarem coordenar e articular a animação e cooperação missionária no seminário e/ou casas de formação presbiteral

O COMISE contará também com a presença de assessor eclesiástico, de preferência alguém da equipe de formação.

O COMISE pode ser organizado no âmbito do Seminário, da (arqui)Diocese, da Província Eclesiástica ou do Regional.

O COMISE terá sua equipe de coordenação.

O COMISE se reúne, para suas atividades ordinárias, ao menos uma vez por mês ou, em caso extraordinário, de acordo com as necessidades.

Uma vez por ano, acontecerá o encontro geral do COMISE do qual participarão todos os seus membros.

 

Equipe de coordenação

O COMISE terá sua equipe de coordenação composta de: coordenador, vice-coordenador, secretário, tesoureiro, assessor de comunicação e assessor eclesiástico.

No caso de seminários interdiocesanos, interprovinciais e regionais é recomendável que os membros da coordenação sejam de Igrejas particulares diferentes.

Os membros da equipe de coordenação assumem a responsabilidade pelo período de dois anos, sem direito à reeleição.

Para garantir a continuidade da caminhada, recomenda-se que façam parte da equipe de coordenação seminaristas de várias etapas formativas (discipulado e configuração).

A equipe de coordenação se reunirá uma vez por mês. Caso necessário, pode haver reuniões mais frequentes.

A equipe de coordenação pode convocar outras pessoas para participarem de suas reuniões, caso julgue necessário.

São tarefas da coordenação:

a) animar a caminhada do COMISE, zelando para que se mantenha fiel à sua identidade e aos seus objetivos;

b) articular e gerir a realização de atividades programadas para o foro interno (encontros, retiros, congressos, etc.) e externo (experiências missionárias);

c) encaminhar a execução das decisões da Assembleia;

d) preparar as reuniões ordinárias, Assembleias e outros eventos;

e) representar o COMISE nas reuniões e/ou assembleias de organismos e instâncias missionárias dos quais faz parte, por direito (COMINA, COMIRE, COMIDI, OSIB), colaborando com eles e mantendo caminhada sinodal;

f) sensibilizar os membros do COMISE e os demais seminaristas sobre a importância das Pontifícias Obras Missionárias (POM) e sua implantação em diversos níveis;

g) prestar contas, da responsabilidade assumida e das atividades realizadas, nas Assembleias (do COMISE, dos Conselhos Missionários) e às pessoas de direito (bispo, reitor do seminário, diretor das POM);

h) zelar para que haja comunhão com instâncias superiores: o COMISE (inter)diocesano ou provincial com a coordenação do COMISE regional, o regional com a comissão nacional dos COMISEs e com o secretário nacional da Pontifícia União Missionária.

 

Assembleia do COMISE

O COMISE se reunirá, em Assembleia, ordinária uma vez a cada três anos ou, extraordinariamente, quando necessário, por decisão da equipe de coordenação do COMISE. Cabe ao coordenador do COMISE convocá-la, contanto que seja com razoável antecedência. A Assembleia acontecerá para os COMISEs de todos os níveis.

Da Assembleia participam, de direito, todos os membros do COMISE. Caso julgue necessário, a equipe de coordenação pode convidar outras pessoas para participarem da Assembleia.

Da Assembleia Nacional dos COMISEs participam, de direito, os coordenadores regionais, o diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM), o secretário nacional da Pontifícia União Missionária, o presidente da OSIB ou seu representante e o assessor da Comissão Missionária da CNBB. A equipe de coordenação pode convidar outras pessoas para participarem da Assembleia.

A finalidade da Assembleia é fazer a escolha das prioridades do COMISE; debater assuntos importantes de interesse comum; eleger membros da equipe de coordenação; deliberar e aprovar a proposta de programa de trabalho preparado pela coordenação; fazer planejamento e avaliação das atividades.

As decisões da Assembleia serão tomadas com a presença de no mínimo 75% de seus membros, cabendo a cada membro um voto.

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