O Bispo de Pemba agradece ao Papa Francisco por dar visibilidade à situação de Cabo Delgado e diz que “a posição da Igreja durante toda essa crise tem sido uma posição de busca da verdade e compromisso com a verdade”.
Cabo Delgado ainda enfrenta ataques terroristas. A região, situada no norte de Moçambique, sofre ataques há dois anos e meio. No último dia 8, cinquenta e dois jovens foram assassinados por homens armados por se recusarem a fazer parte das fileiras dos insurgentes.
O Bispo de Pemba, em Moçambique, dom Luiz Fernando Lisboa, descreve ao Vatican News a situação vivida pela população de Cabo Delgado, afirmando que “a posição da Igreja durante toda essa crise, tem sido uma posição de busca da verdade e de compromisso com a verdade”. “A Igreja tem procurado falar porque há um certo clima de sincretismo. É proibido falar de Cabo Delgado. É proibido falar da situação aqui”, frisou ele.
Dom Luiz Fernando Lisboa recordou o apelo do Papa Francisco no Domingo de Páscoa (12/04), na mensagem Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), em que o Pontífice citou concretamente Cabo Delgado e a questão humanitária nessa região.
“Nós ficamos muito felizes com a fala do Papa Francisco no dia da Páscoa quando ele fez a Benção Urbi et Orbi, sobre Roma e o mundo, ele falou do mundo inteiro, da situação do coronavírus, falou também de várias situações no mundo inteiro e citou concretamente Cabo Delgado, a questão da guerra e a questão humanitária em Cabo Delgado. Sabemos que o Papa Francisco é quase uma unanimidade mundial. Ele é muito respeitado, a voz dele tem um peso muito forte. Só o fato de ele ter falado Cabo Delgado, de ter se lembrado de nós, isso e muito importante porque dá uma visibilidade muito maior, e provoca, questiona, sugere que se faça alguma coisa, que se resolva essa situação.”
Fonte: Vatican News
