A crise vivida pelo Sudão, país africano marcado por conflitos étnicos e conflitos internos, tem agravado a situação humanitária na região. Mais de 700 mil pessoas fugiram de suas casas nos últimos dias para escapar dos combates entre facções militares rivais, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
O arcebispo de Cartum, capital do Sudão, Mons. Michael Didi Adgum Mangoria, envio correspondência à direção das Pontifícias Obras Missionárias do Brasil, solicitando orações pelo reestabelecimento da paz na região. “Peço-vos sinceramente que rezeis uns pelos outros, jovens e velhos, pelos pobres, doentes e vulneráveis, bem como pela nossa Mãe Igreja no Sudão, onde a luta afetou a Mãe Igreja no nosso Estado predominantemente dominado”.
Em sua correspondência, o arcebispo também informou sobre a grave situação vivida pelo povo nestes últimos dias. “Durante estes tempos difíceis no Sudão, precisamos rezar fervorosamente não apenas hoje, mas todos os dias, para que a mensagem de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, toque os corações humanos; para que reconheçamos a dignidade dos nossos semelhantes, sobretudo dos que nos são estranhos, sobretudo dos pobres, sobretudo daqueles que nos pedem ajuda”.
ONU alerta para risco de fome disparar no Sudão após retomada do conflito
Programa Mundial de Alimentos, PMA, registra níveis recordes de insegurança alimentar que devem afetar de 2 a 2,5 milhões de sudaneses com fome aguda nos próximos meses; mais de 150 mil pessoas já fugiram do país desde 15 de abril.
Trabalhadores humanitários lançaram um alerta sobre a piora da situação no Sudão, que está enfrentando combates desde 15 de abril entre paramilitares e tropas do Exército do país. Os níveis recordes de fome estão se agravando a cada dia no conflito que já matou centenas de pessoas e deixou milhares feridas.
Refugiados abrigados no Sudão
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, afirma que de 2 a 2,5 milhões de pessoas no Sudão podem sofrer de fome aguda, nos próximos meses, por causa da violência entre as forças leais ao general Mohamed Hamdan Dagalo, do grupo paramilitar RSF, e as tropas do Exército sudanês, chefiadas pelo general Abdel Fattah Al Burhan.
A agência da ONU diz que 40% da população sudanesa serão afetados. Os estados mais atingidos devem ser Darfur Ocidental e Kordofan Ocidental, Nilo Azul, Mar Vermelho e Darfur do Norte.
Segundo o comissário para Refugiados da ONU, Filippo Grandi, mais de 150 mil pessoas já fugiram do Sudão incluindo sudaneses e refugiados que eram abrigados pelo país africano.
Fonte: ONU