Juventude Missionária estuda história e culturas indígenas

Desde o dia 10 de julho acontece no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO), a segunda edição do Curso de Extensão em Histórias e Culturas indígenas. A iniciativa é uma parceria entre o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Universidade Federal da Integração Latino-Americano (UNILA). Participam entre indígenas e não-indígenas, 50 lideranças d20170720_084329as cinco regiões do país, incluindo coordenadores da Juventude Missionária (JM). Dentre os temas abordados no curso destaca-se: Terra, território e Territorialidade e sua relação com o Projeto do Bem Viver.

Para o professor Saulo Ferreira Feitosa, membro do Cimi, onde atua desde 1984, desenvolvendo atividades na área de formação e assessoria especializada às comunidades e lideranças indígenas na região do Nordeste, “o desafio do Bem Viver (Sumak Kawsay) é um processo de descolonização do pensamento. Nessa perspectiva a gente começa a se apropriar dos pensamentos dos povos originários e este conceito nos permite construir o nosso projeto de vida, pois pensar em si e no outro compreende que somos parte da mesma Obra da Criação. É uma resistência à colonização moderna”.

Para a assessora nacional da Juventude Missionária, Camila Fernandes, “a partir deste curso, poderemos contribuir melhor para o tipo de jovem que necessitamos formar na construção de um jeito de viver (Nhande Reko-Guarani) contribuindo no cuidado da Casa Comum conforme a Encíclica, Laudato sì”, relata a jovem.

2017-07-20 19.04.41Joice Naira, coordenadora da Juventude Missionária no estado do Piauí, também participa da formação. “O curso nos oferece um leque de conhecimento a respeito da história, conjuntura política, resistência e a luta dos povos indígenas num contexto social e sociocultural. Em sintonia com o esforço da JM em Educar para o Bem Viver, devemos estar com olhos, ouvidos, a mente e o coração aberto para acolher o que nos é transmitido. Um dos principais objetivos do Bem Viver é retomar a unificação de todos os povos e fazer disso um projeto de vida onde o saber, o sentir, o pensar e o viver, no respeito mútuo entre as semelhanças e diferenças de cada povo ou etnia. Com isso, o Bem Viver se torna uma resposta para essa crise global e nos permite ter a esperança na construção de uma sociedade onde a vida esteja em primeiro lugar, pois se a vida do planeta estiver ameaçada, a da humanidade também estará”.

Com informações da JM nacional

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