Experiência missionária na Ilha do Marajó (PA)

O Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE), do Regional Sul 4, que é composto pelos seminaristas das dioceses de Santa Catarina, realizou entre os dias 27 de dezembro de 2018 a 18 de janeiro de 2019 a segunda Missão Kairós na Paróquia Santo Antônio, na cidade de Chaves, Prelazia de Marajó (PA).

20181231_163536A Missão contou com a participação de missionários de 4 Regionais da CNBB (Sul 4, Sul 2, Sul 1 e Leste 1). Ao todo foram 54 missionários entre seminaristas, leigos, padres e religiosas: “Nós estendemos o convite a todas as pessoas que sentissem em seu coração a vontade de estar conosco, e é com muita alegria que chegamos a este número expressivo”, recorda o seminarista Juliano Pacheco do quarto ano de teologia da diocese de Criciúma.

Conforme o seminarista Luan Zanoni da diocese de Criciúma, a experiência foi de “encontrar Deus e de deixar encontrar-se por Ele”. A paróquia Santo Antônio conta com 97 comunidades e é atendida pelo padre Glawciney e padre Heliton, e conta também com o auxílio da comunidade Católica Shalom. As comunidades ribeirinhas ficam a grandes distâncias umas das outras e chegam a ficar 1 ano sem a celebração da Santa Missa.

Os missionários desenvolveram o trabalho de visitas a fim de conhecer a realidade das comunidades e também realizaram atividades como o ensinamento da oração do Santo Terço, leitura orante da Palavra, adoração Eucarística e Celebrações da Palavra, enfim, foram presença de Deus em meio àquele povo.

Para João Humberto, seminarista da diocese de Blumenau, a experiência missionária trouxe muitos aprendizados: “Aprendi com tranquilidade e com pequenos testemunhos como Deus se faz simples e, por isso mesmo, autêntico, para que saibamos reconhece-lo e amá-lo. As comunidades ribeirinhas, bastante necessitadas de quem lhes anuncie o Evangelho, me ensinaram a ver e meditar de outra forma o próprio Evangelho. Cada sorriso, cada esforço para nos acolher, cada lágrima de despedida, tudo foi Deus marcando a vida de cada missionário e missionária. Agradeço a Deus e à Igreja pela oportunidade de viver esta experiência. Que nunca nos esqueçamos de que as pessoas com quem vivemos são o nosso maior tesouro e a realização de nossas vidas”.

[001070]Já para a jovem Eloisa Martins (15 anos) que, juntamente com o jovem Bryan Narlok (14 anos), foram os mais novos da missão, ressalta que a missão Kairós para ela foi a melhor experiência que ela já fez: “em uma realidade tão diferente, foi onde eu pude ver que não preciso de muito para ser feliz. As crianças que encontrávamos tinham muito pouco e eram muito felizes, elas me ensinaram isso, com cada sorriso e abraço. E por último, me chamou muito a atenção da fé que o povo marajoara tem, mesmo diante das dificuldades diárias sua fé não é abalada”.

“Sair em missão foi a oportunidade que Deus me deu para encontra-Lo em cada irmão e irmã que lá vivem. Sai de minha cidade achando que iria levar algo diferente para ele, talvez tenha levado, mas trouxe muito mais. Como foi bonito essa experiência de encontrar o Cristo pobre em cada olhar. Sendo assim, firmo a ideia no Santo Evangelho que devemos levar a Palavra para todos os povos e nações, e ter caridade para com todos, sendo esta, a manifestação do AMOR. Somos chamados a sermos propagadores do evangelho de DEUS, de tal forma que sai de minha zona de conforto e fui em missão. ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor’ (Lc 1, 17-19)” destaca o Seminarista Maike Gomes Machado da diocese de Criciúma.

Na Conferência de Aparecida (2007), os bispos pediram que todos os batizados, em especial os presbíteros, se formem “como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir ‘à outra margem’, àquela onde Cristo ainda não é reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente” (cf. DAp 376), e, o, Papa Francisco quando propõe colocar todas atividades de evangelização em chave missionária para formar uma Igreja em saída (Cf. EG 20), também faz este apelo.

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