Dom Dal Toso: “Crescem leigos e famílias missionárias”

“O profundo significado do Dia Mundial das Missões é manter vivo o sentido da missão em todos os batizados. Neste momento histórico, o elemento da universalidade da Igreja, que olha para o mundo inteiro, adquire mais força. Enquanto a humanidade vive o tempo da pandemia, compreende-se o quanto estamos profundamente ligados uns aos outros. O Dia Missionário, a nível eclesial, quer contribuir para manter vivo também o elemento da universalidade da fé: ninguém crê sozinho, estamos todos unidos pela fé em Cristo, independentemente de onde vivemos.”

É o que afirma à Fides o secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), dom Giampietro Dal Toso, em vista do Dia Mundial das Missões, que será celebrado no próximo domingo, 18 de outubro.

Gratos ao Papa Francisco
O arcebispo observa: “Somos gratos ao Papa porque, em sua Mensagem, intitulada ‘Eis-me aqui, envia-me’, destaca o aspecto da responsabilidade e da resposta de cada batizado e sublinha o aspecto vocacional sempre presente: precisamos de pessoas que dediquem suas vidas ao anúncio do Evangelho, especificamente à missão ad gentes (além-fronteiras)”.

“Esperamos e rezamos para que o Espírito Santo desperte nos jovens a vocação específica a anunciar o Evangelho em terras de missão. O Dia das Missões é também um dia de oração: tenhamos em mente, na oração pelas missões, também o pedido de sempre novos ‘trabalhadores na vinha do Senhor’, prontos a dar suas vidas por Ele”, continua dom Dal Toso.

Aumento dos missionários leigos e das famílias missionárias
Um aspecto importante, também destacado no Dossiê com a publicação de 16 de outubro pela agência Fides, em vista do Dia Mundial das Missões, é o crescimento dos missionários leigos e das famílias missionárias:

“É um dado muito confortante não somente do ponto de vista numérico, mas sobretudo porque indica que todos – não apenas sacerdotes e consagrados – se sentem responsáveis pela missão evangelizadora da Igreja”, diz dom Dal Toso, que relata um episódio:

A família em si testemunha a fé e evangeliza
“Na semana passada, na direção das POM em Viena (na Áustria) premiaram alguns missionários: de três, duas experiências foram de famílias missionárias. Existem grandes realidades na Igreja que enviam famílias inteiras em missão, como o Caminho Neocatecumenal, porque a família em si testemunha a fé e evangeliza.”

“É um fato importante porque realiza o que foi dito no Mês Missionário Extraordinário, celebrado no ano passado: ‘Batizados e enviados’. É o batismo que nos torna cristãos e, como cristãos, somos testemunhas e anunciadores de Cristo”.

Coleta global para o Fundo de solidariedade universal
O Dia Missionário é também o momento da coleta global para o Fundo de solidariedade universal com o qual as Pontifícias Obras Missionárias apoiam as jovens Igrejas. “A coleta universal é parte, desde o início, do Dia Missionário: à oração pelas missões se acrescenta o aspecto caritativo. Como toda alma precisa de um corpo, as Igrejas precisam de estruturas e pessoal: isto requer um compromisso financeiro.”

“Recentemente, o Papa instituiu um fundo especial nas POM em favor das jovens Igrejas atingidas pela Covid-19. Apesar das dificuldades deste momento histórico, apelamos à generosidade dos fiéis: graças ao compromisso das diretorias nacionais dos POM, será possível ir além da coleta dominical e utilizar, por exemplo, formas e métodos de doação de dinheiro através da web.”

Fonte: Vatican News/Fides

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