Dia Mundial do Refugiado: 65 milhões de pessoas em fuga

Perseguições, conflitos e violência provocaram, até o final de 2016, a fuga de 65 milhões e 600 mil pessoas em todo o mundo, trezentas mil a mais em relação ao ano precedente.

Foi o que divulgou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, celebrado nesta terça-feira, 20 de junho. A realidade é que a cada três segundos uma pessoa foge de sua casa por causa de guerras, violência ou perseguição.

Um número enorme de pessoas precisam de proteção. As estimativas divulgadas no Dia Mundial do Refugiado falam  de pessoas em fuga de um mundo marcado por violência e guerra, com as crianças que representam a metade dos refugiados e com a Síria, Colômbia e Sudão do Sul a serem os países de origem da maior parte dos refugiados.

O número de refugiados nANSA1152729_Articoloo mundo, 22 milhões e 500 mil, tornou-se o mais elevado registrado até agora. Os deslocados dentro do próprio país subiram para 40 milhões e 300 mil, o número de requerentes de asilo no mundo foi de 2 milhões e 800 mil. Os sem nacionalidade ou apátridas são cerca de 10 milhões de pessoas.

Não obstante esses dados, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que os refugiados “nunca perderam os sonhos para seus filhos” ou a vontade de melhorar o mundo.

O chefe das Nações Unidas disse que “nunca houve tantas pessoas como agora vivendo o pesadelo de fugir de guerras, desastres naturais ou perseguição”.
Segundo ele, as histórias dessas pessoas são de partir o coração, incluem dificuldades, separação e morte.

Ao mesmo tempo, Guterres afirmou que os refugiados pedem muito pouco em troca, querem apenas o apoio da comunidade internacional neste momento de maior necessidade e também solidariedade.

Para o secretário-geral, “é inspirador ver que os países que têm menos recursos são os que mais ajudam os refugiados”.

O chefe da ONU pediu para que todos reflitam sobre a coragem das pessoas que são obrigadas a fugir e pediu a compaixão de todos os que os acolhem.
Ele quer restabelecer a integridade do regime internacional de proteção ao refugiado e pediu a todos para que trabalhem juntos a fim de dar a cada uma dessas pessoas a chance de construir um futuro melhor.

Fonte: Rádio Vaticano

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